quinta-feira, 27 de março de 2008

Ooru - Novo mangá adulto da Conrad

Eu juro que não é proposital, mas só dá post sobre HQs da Conrad Editora por aqui. Pudera, a empresa voltou com tudo nesses últimos dias, anunciando a volta de títulos e lançamento de alguns novos.

Hoje, é a vez do mangá Ooru, direcionado ao público adulto, entrar em pré-venda na Loja Conrad. No enredo, o protagonista é um autor de mangás chamado Kôzô Sanou que fez fama e dinheiro com um mangá semanal. Ao fim deste, resolve se exilar em uma pequena ilha do Japão. Lá, porém, enquanto tenta ser convencido por um editor endividado a retomar a produção de HQs, acaba se envolvendo em uma trama de assassinato da Yakuza! Enredo bastante interessante, não?

O autor da HQ é Jun Hanyunyuu, que ficou famoso com o mangá "Koi no Mon" ("Portão do Amor" em português), publicado na revista Comic Beam (assim como "Ooru"). A edição brasileira virá no formato original de cerca de 180 páginas, em 5 volumes distribuídos bimetralmente a R$ 12,90. O lançamento está previsto para abril.

O erro da editora brasileira está em não adotar um nome em português e manter um nome em japonês (na minha opinião, uma má opção de marketing). Segundo a Conrad, "ooru" significa "azul" em japonês. E, se você for conferir no site oficial do artista ou mesmo nas imagens acima (se souber japonês, claro), verá que a obra original utiliza o kanji (ideograma japonês) para "azul", apesar de indicar a leitura "Ooruu". Até onde eu saiba, o correto é "aoi". Ooru não é citado nos dicionários que possuo aqui ou mesmo nos dicionários virtuais que encontrei por aí. Talvez seja "azul" em outra lingua. Mas, enfim, não seria a primeira vez quem um japonês inventaria leitura para um kanji...

De qualquer modo, é inegável que a Conrad é uma ótima editora de histórias em quadrinhos, sempre trazendo títulos interessantes em boa qualidade, a despeito das mancadas do ano passado e às vezes até do preço salgado. Não espero outra coisa deste!

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quarta-feira, 26 de março de 2008

Blade - Lâmina do Imortal ganha versão animê

Um dos mangás mais interessantes lançados no Brasil está prestes a se tornar animê! Blade - Lâmina do Imortal (Mugen no Juunin, no original), lançado no Brasil pela editora Conrad, vai chegar às TVs japonesas em julho, mais de 14 anos depois do início da publicação da história em quadrinhos na revista Afternoon, em 1994, cujo último número trouxe um anúncio sobre a novidade. É a primeiro desenho animado baseado na HQ.


A história traz como protagonista um samurai do século XVIII chamado Manji que, arrependido de matar inocentes a mando de seu contratante, mata-o junto de seus 99 guardas. Ferido, ele acaba sendo socorrido por uma monja que lhe garante a imortalidade, algo não muito útil a um samurai que, primando pelo código de honra, deseja se matar como auto-punição. Para conseguir isso, a monja ordena que ele mate 1000 homens maus para reverter a maldição. Enquanto cumpre seu novo dever, acaba se envolvendo com Asano Rin, em meio a uma disputa pelo domínio de dojos no Japão.


A HQ traz uma arte espetacular do autor Hiroaki Samura, que utiliza de lápis na hora de fazer a arte, acompanhando a ótima evolução da arte, que não perde o ritmo nem se utiliza de clichês. Até agora, já foram publicados 22 volumes, o que dá uma média de um volume a cada 8 meses. Pouco, levando-se em conta que, num período menor, já foram publicados mais de 50 volumes de Inuyasha, de Rumiko Takahashi, por exemplo.

No Brasil, a Conrad publicou até o número 38, que correspondem aos 19 volumes originais. Espera-se pelo lançamento dos novos volumes. Aproveitando a deixa, informo que a editora já colocou em pré-venda novos volumes de Dragon Ball Edição Definitiva, One Piece, Bambi e Battle Royale, títulos que estavam paralisados desde o ano passado (junto com Sanctuary, que também já entrou em pré-venda).

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Little Nemo - Clássico inédito no Brasil

Essa é para a série "Nunca li, mas acho legal".

Little Nemo é uma das clássicos das histórias em quadrinhos. Criada por um dos percusores da arte Winsor McCay, a HQ era publicada nos entre 1905 e 1911 no jornal impresso New York Herald e entre 1911 e 1913 no New York American.

Nas estórias de apenas uma página publicadas a cada domingo, o leitor acompanha a criança Nemo em suas aventuras no mundo dos sonhos durante seu sono, sempre a caminho de "Slumberland", onde havia sido convocado por um Rei para que brincasse com sua filha. O último quadrinho de cada estória sempre apresentavao Nemo acordando, muitas vezes caído de sua cama. Cada enredo trazia um toque de subjetividade e surrealidade, e focando em temas menos infantis, como violência e corrupção de caráter, algumas vezes com um toque de "trevas".

A obra nunca foi tão popular na época de sua publicação, se comparadas com o sucesso de "Os Sobrinhos do Capitão" e "Krazy Kat", por exemplo. Porém, da década de 80 para cá, a série é tratada como um importante divisor no desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos, devido a seu enredo e temática mais elaborados que souberam aproveitar muito bem as possibilidades e exclusividades das histórias em quadrinhos.

Muitos quadrinistas já apontaram a HQ como influência, sendo citada em diversas obras. Parte da história, inclusive, foi transformada em um filme animado em uma produção nipo-americana, lançada no Japão em 1989. Apesar do fracasso de público, o longa-metrage angariou alguns prêmios e a admiração da crítica especializada.

Em 2005, a obra entrou em domínio popular, o que significa que não é mais preciso adquirir os direitos autorais para publicar a obra. Desde então, Litte Nemo chegou a ser publicado em edições caprichadas em países da Europa e dos Estados Unidos. Por aqui, até agora nada. E, pelo que eu tenha apurado, nunca foi publicado no Brasil. Uma linda edição americana pode ser encontrada em algumas livrarias especiais, porém a preço absurdo que beira os R$ 200.

O mercado de quadrinhos brasileiro está muito bom, mas fazem falta alguns clássicos de quadrinhos como Little Nemo.

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Os Pequenos Guardiões - Lançamento da Conrad

A Conrad colocou em pré-venda um de seus lançamentos para esse ano: Os Pequenos Guardiões , ou, como é conhecido no exterior, Mouse Guard.

Os Pequenos Guardiões - Na Barriga do Monstro  Os Pequenos Guardiões - Nas Sombras

Os Pequenos Guardiões é um dos maiores sucessos editoriais de 2007 nos Estados Unidos. A história nos apresenta um mundo sem humanos, onde os ratos são a espécie mais inteligente e dominante do planeta, em uma sociedade que relembra a nossa Idade Média. Nos EUA, o autor David Petersen (que desenha e roteiriza a história) já está publicando uma continuação. Por aqui, a primeira série dessa HQ chega no formato original, dividido em 6 volumes de 24 páginas coloridas cada, por R$ 14 cada um. Apesar do preço não convidativo, vale a pena conhecer e tentar entender o porquê de tanto sucesso.

Essa não é a única novidade da Conrad este ano. A editora, que durante muitos anos fez trabalhos excelentes, no ano passado perdeu alguns pontos com seus leitores, devido a atrasos, cancelamento e inflação nos preços dos produtos. Mas a editora parece estar se redimindo, relançando no mês que vem títulos que estavam interrompidos, como Sanctuary, One Piece e Dragon Ball Edição Definitiva, além de novidades como Delivery Service of Corpse (que decepciona por não usar um nome em português) e novos volumes de Calvin & Haroldo.

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terça-feira, 18 de março de 2008

Slam Dunk: 10 Dias Depois

O mangá já acabou faz uns 2 meses por aqui, mas endosso aqui uma dica dada pelo Universo HQ na bela resenha do último volume do mangá Slam Dunk, de Takehiko Inoue (Vagabond), um dos títulos mais divertidos a surgir em terras brasileiras.
Para quem não sabe, em 2004, portanto 8 anos após o fim do mangá no Japão, o autor criou um capítulo extra que se passa 10 dias após o fim da história original. E este foi publicado, pasmem, nas lousas de uma escola japonesa! A "história em lousas" pôde ser conferida durante apenas três dias, mas foi eternizada no documentário Slam Dunk: 10 Days After.
O capítulo pode ser conferido em um vídeo, no original em japonês. Para tornar mais acessível, posto abaixo em uma versão (mal) traduzida para o inglês:



Para quem não conhece, Slam Dunk é uma história em quadrinhos japonesa de de 31 volumes que conta o início da ascendente trajetória do time de basquete de uma escola de Ensino Médio no Japão. Com um enredo fácil, mas cativante, é o quinto mangá mais vendido na história do Japão, mesmo dividindo páginas com o monstruoso sucesso que é Dragon Ball na revista semanal Shonen JUMP.
Além disso, Slam Dunk é responsável por popularizar o esporte no país (fato nem um pouco único, visto que outras modalidades também despertaram interesse nos japoneses após o sucesso de uma determinada HQ). Chegou ao Brasil pela Editora Conrad e é um dos raros títulos de quadrinhos focados em esporte a ser publicado por aqui, no país do futebol.

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segunda-feira, 17 de março de 2008

Vitamina HQ

Esta aí, mais um blog sobre quadrinhos.
Ainda não são muitos, mas, assim com o mercado de HQs no Brasil, este número está crescendo.
Eu já tive um blog em que comentava sobre quadrinhos, entre outras coisas, o Vitamina B (http://www.vitaminab.zip.net/), abandonado. Ali, focava principalmente nos quadrinhos japoneses, apesar de comentar sobre obras como a italiana Corto Maltese.
Hoje, minha carga de leitura de quadrinhos se diversificou e, apesar dos mangás ainda ser o meu favorito, tenho já uma bagagem cultural desde obras americanas até mesmo nacionais.
Aqui, espero fazer o jornalismo de blog que vejo em locais como o Blog dos Quadrinhos, Papo de Budega, Continue, Gibizada e do JBOX, portal do qual já participei.
Sem esquecer dos bom trabalho de repercussão e comentários de notícias, muito bem realizadas em ótimos blogs como o Melhores do Mundo e Brainstorm#9.

E, na verdade, tudo isso foi impulsionado por um trabalho de faculdade, com a proposta de fazer jornalismo na internet, em blog. Mas essa já era uma idéia a qual eu já vinha "matutando sobre" há um tempo, fazer um bom blog jornalístico de verdade, agora que entendo melhor essa mídia e (se é que é mídia) acredito que possa fazer um trabalho melhor do que antes. E, afinal, nada como um empurrãozinho...

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